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CURIOSIDADESVocê sabia que no século 19, usava-se uma escala impressa em papel para medir moedas...- A Escala de Mionnet - A História do Cifrão - Reformas Monetárias - Cara ou Coroa? A MOEDA NO TEMPOA história da moeda no Brasil contada através dos anos desde os tempos coloniais até os dias de hoje.E MAIS...- Níveis de conservação- Conservando moedas - Coroa Alta e Coroa Baixa - Graus de Raridade - Siglas de Gravadores - Anversos e Reversos - Ensaios e Provas - Eixos e Reversos - Legendas e Inscrições - Materiais e Metais - Moedas de Cobre - Descobrimento do Brasil - Colonização do Brasil - D. Pedro II do Brasil - e ainda mais... Por um pescoço (1914)As moedas de 400 réis, em cuproníquel, produzidas em 1914 sob a direção do Dr. Ennes de Souza, então Diretor da Casa da Moeda, não deveriam jamais ter saído daquela instituição, uma vez que o Ministro da Fazenda da época, Dr. Rivadávia da Cunha Corrêa, embora tenha aprovado o modelo em ofício datado de 6 de agosto de 1914, negou autorização para que fossem colocadas em circulação.
É fato que alguns exemplares ainda existem, mas isso pode ter ocorrido por outra razão: como a quantidade produzida era grande, o Diretor Souza determinou que fossem fundidas em barras, não sem antes autorizar seus funcionários a retirar as moedas que desejassem, substituindo-as por outras de igual valor e peso, de modo a não alterar a quantidade de metal destinado à fundição. De acordo com o numismata Kurt Prober, essa circunstância explica por que algumas poucas peças permaneceram em circulação — não de forma oficial — e, justamente por isso, ele as classifica como provas de cunho. Em contraposição, o numismata Eugênio Caffarelli sustenta que, oficialmente, a moeda não chegou a circular no país, embora tenha sido produzida em grande quantidade. Para ele, o fato de existir a possibilidade de uma breve circulação seguida de recolhimento, somado à elevada produção, reforça sua conclusão de que a moeda não pode ser considerada prova de cunho. O mesmo Eugênio Caffarelli bem descreve a moeda: ANVERSO
REVERSO
ORLACordão dentado no anverso e no reverso. Demais características400 réis; cuproníquel; Ø 30 mm; peso 12 g; espessura 2 mm; borda lisa Dois tipos, dois pescoçosExistem dois tipos de cunhos, conhecidos como pescoço baixo (ou curto) e pescoço alto (ou comprido). A diferença entre eles está no comprimento do pescoço que se projeta para fora do manto, ou seja, na distância entre a base do queixo e o manto: no cunho de pescoço baixo, essa medida é de aproximadamente 0,8 mm; já no cunho de pescoço alto, cerca de 1,3 mm.
Em 1914, foram cunhadas 645.750 moedas desse tipo e, em 1915, outras 932.250 moedas com a mesma data de 1914. Ambas as emissões utilizaram os dois cunhos, embora não se saiba em que proporção cada um deles foi empregado
Livro das Moedas do Brasil, Eugênio Vergara Caffarelli
O Famoso Níquel de 400 Réis de 1914, Kurt Prober Imagens: Alberto Paashaus, Paul Gerritsen Plaggert com montagens de Eduardo Rezende
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